10.29.2007

FUGA E RELICÁRIOS...


De tal fuga... meus relicários e um sorriso
De minha ausência... tens minhas febres
Me darei por vencido pois não há boca que narre
Há pequenos objetos que não sou capaz de montar...
Não há louça quebrada
Não há copos pra lavar
Não há chuva que me molhe mas na porta estou...
Reforço a fé de que haja pegadas que eu possa seguir...
Um beijo tem a crueldade da exaustão...
Se me causo dor é porque atinjo o rim cheio de pedras...
E das dores tenho minha felicidade
Absorvo e me torno livre...
E livre sou capaz de voar sem que me veja...
E é pela fresta de luz que visito teus detalhes...
Abro sua geladeira...
E durmo... e saio...
Verás que tenho mãos de defesa...
E o corpo talhado em cicatrizes
Tenho facas pontiagudas mas não corto
Paciência para ser lento
Corpo pra derretimento
Meu estado de fuga
Ainda assim sei que não ficará para o café
Sei que dormirei em concha de mim mesmo
Mas continuo em direção ao mar
E é tão rápido que não consigo parar de correr...
É quieto o miolo da tempestade
Onde há um corpo que flutua
Nesse miolo palavras se perdem...
Contento-me com o sonho de minha janela...
Com sua delicadeza em não quebrar meus objetos imaginários
Por estar tão perto...
(...)

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

http://ontemeusambei.blogspot.com

quinta-feira, dezembro 13, 2007  

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